quinta-feira, julho 21, 2011

Jalapão: paraíso no coração do Brasil


O grande dia chegou! 

Conheci um casal do Rio de Janeiro, que está viajado com sua filha em uma Hillux 4x4. Pedi para levarem parte da minha bagagem, para fazer o trecho mais leve. Saímos um pouco tarde de Ponte Alta do Tocantins, pois o Arthur também arrumou um casal de Brasília para levar o bauleto dele em uma Hillux Triton 4x4, e deixar em Mateiros.


De cara erramos o sentido e após 6 meses de planejamento, peguei errado a estrada para o Jalapão! Seguindo a dica de um frentista, eu errei a ponte (kkk). Voltamos os 15km errados e finalmente começamos a famosa TO255, rumo ao Jalapão. Encontramos uma cobra nos primeiros kms atravessando a estrada. Belo cartão de visitas do Jalapão.

Paramos primeiro na cachoeira da Velha, um trecho bem cansativo, pois o sol estava na cara. Não conseguimos achar a cachoeira do Lajeado. Um dos problemas que enfrentamos é que os guias não gostam de dar informação ou às vezes dão a informação errada. E os guias locais tiram as placas das atrações, forçando o turista independete a contratá-los ou ficar perdido ou simplesmente nao achar a atração!


Enfim passamos direto desse trecho e mais uma vez entramos errado e andamos 6km ida e volta fora da estrada, em um areião terrível. Esses trechos cansam demais. O braço doi de tanto acelerar, a panturilha arde de dor, pois forçamos muito o músculo quando colocamos os pés no chão para segurar a moto e evitar a queda. E quando o pneu atola temos que fazer uma força muito grande para empurar a moto. Ou seja, sofrimento demais!

Após rodar umas 6 horas para fazer os 90km, chegamos na cachoeira das Velhas. A cachoeira mais difícil para chegar que eu já fui. Cansado demais, mas compensador o visual.


Resolvemos almoçar por ali. Comemos pão, atum, sardinha, queijo, presunto, biscoito, igual uns animais, tamanho era o cansaço e a fome. Recuperados, voltamos 1km até a prainha onde dormimos em barracas em uma noite muito agradável. Conhecemos pessoas maravilhosas: um pessoal de Brasília, uma família de BH em um troller e uma família do Castro, no Paraná, que estavam em uma Hillux, com uma carretinha com 2 motos TTR e uma Husvarna.


Aproveitamos e mandamos mais equipamentos para Mateiros, para a pousada Panela de Ferro, com a Troller de BH e a Hillux do Paraná.  Acordamos no outro dia cedo, tomamos café na cachoeira das Velhas e seguimos sentido as dunas. Paramos na pousada do Rio Novo por acaso, após sair fora da estrada principal por 9km novamente. Muita areia mas desta vez foi muito compensador. 


Nesse local foi gravado o programa Survivor. Lá tem cabanas de palha, belas praias do Rio Novo, boias para descer o rio e uma comida caseira de primeira. Vale a pena conhecer, o dono é muito gente boa e está de portas abertas para receber mais aventureiros. Indico dormir neste local e aproveitar a praia e brincar de descer o rio com as boias.


Seguimos sentido as dunas do Jalapão. Nesse trecho, após cruzar a ponte de concreto do Rio Novo, é que a TO255 mostra seu lado mais revelador. Quilômetros de areia fofa e bancos de areia aonde só passa 4x4 e motos. Tem que ter experiência para não ficar atolado. Mas foi um trecho que curti demais, pois o sol estava nas nossas costas, o visual era incrível, o morro do Espírito Santo a nossa frente, curtimos cada pedacinho da estrada. Um sonho realizado depois de tanto tempo planejando essa viagem. 


Seguindo dicas, pegamos carrona com um casal, um italiano e uma argetina em uma Eco Sport. Não deu outra... ficamos atolados e não fomos nas dunas nesse dia, ou seja tivemos que voltar 35km e caminhar 5km até as dunas hoje. Outra dica: só pegue corona ou só vá nas dunas com seu carro se for um 4x4, carro alto do chão e se você souber andar em areia, do contrário vai ficar atolado! 


Então voltei a pé para estrada, andei uns 2km na areia, peguei a moto do Arthur, pois estava mais leve e voltei com uma corda para ajudar o casal do Eco Sport.

E finalmente chegamos a noite em Mateiros. Cansados mas vivos! O cara da pousada Panela de Ferro até brincou que agente tinha mandado os equipamentos pelo Correio, pois toda hora chegava um carro trazendo alguma coisa nossa. O pessoal também já estava preocupado, pois demoramos 2 dias para fazer 200km de estrada, tamanha era a dificuldade do caminho. Mas totalmente compesador. As fotos falam por si. Experiência única para quem vai de carro, inesquecível pra quem faz de moto.



2 comentários:

  1. Xandão, duvido que esta cachoeira das velhas seja pior do que chegar na osta, kkkkkkkkkkkkkkkk

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  2. osta.... hahaha... agora eu sei que vou até rastejando...

    Neguim... mais uma viagem Sensacional!!!!!!!!

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