sábado, julho 30, 2011

Motociclistas correm riscos


Pilotar motocicleta entre o céu e o asfalto é correr risco de não ter tempo pra mais nada.
Pegar a estrada com irmãos de fé e destino é correr risco de não querer voltar mais.
Ajudar um motociclista na estrada é correr risco de conquistar sua amizade e cumplicidade para sempre.
Contar as tuas histórias de motociclista pra outrem é correr risco de libertá-lo de uma escravidão e transformá-lo em motociclista.
Defender teus sonhos e ideais no motociclismo é correr risco das pessoas entenderem porque elas fazem terapia.
Seguir a tua paixão sem medir pequenas consequências é correr risco de se livrar de um monte de grandes consequências.
Viver a todo momento sobre uma motocicleta é correr risco de não conseguir mais sair de cima dela.
Estar de motocicleta numa estrada desconhecida é correr risco de descobrir gente e lugares que jamais esqueceremos.
Vida sem riscos não faz sentido, sem muito sentido é viver a vida sem riscos.É possível viver a vida sem correr nenhum risco, sem risco entre sonho e pesadelo, sem risco entre confiança e insegurança, sem risco entre atenção e desprezo, sem risco entre existir e vegetar, sem risco entre nada.
É possível viver a vida sem correr nenhum risco, pra evitar sofrimentos e desilusões, mas que só evitam riscos, e grandes oportunidades.
De sentir, de aprender, de mudar, de crescer, de amar, de viver.

Corram riscos de motocicleta, mas não com a motocicleta.
Façam as tuas escolhas e boa viagem.

PARABÉNS PELO DIA DO MOTOCICLISTA!!!

(Texto retirado do site)autor  Reinlado Brosler do Riders of Freedom.

quarta-feira, julho 27, 2011

PROMOÇÃO - Valendo um brinde de capim dourado

QUEM FOR SEGUIDOR DO BLOG E RESPONDER CORRETAMENTE PRIMEIRO, POR MEIO DO COMENTÁRIO,  AS TRÊS PERGUNTAS, VAI GANHAR UM PRESENTE FEITO DE CAPIM DOURADO VINDO DIRETAMENTE DO JALAPÃO! ENTREGUE PELO XANDÃO!

1- QUAL É O NOME DO FAMOSO MIRANTE QUE FORMA AS DUNAS DO JALAPÃO?
2- QUAL É O NOME DA COMUNIDADE QUE FAZ O TRABALHO ARTESANAL COM O CAPIM DOURANDO?
3- QUAL É O NÚMERO DA ESTRADA QUE LIGA PONTE ALTA DO TOCANTINS A MATEIROS?

ESTA VALENDO !

Leonor, ganhadora do prêmio

domingo, julho 24, 2011

Mumbucas, Fervedouros e Dunas do Jalapão


Os últimos dias foram fantásticos aqui no Tocantins! Finalmente fomos nas Dunas do Jalapão. Mas desta vez de bugre, pois teríamos que voltar 35km de terra e mais 5Km de areia fofa para chegar nas Dunas e depois começar a volta para BH, ou seja, mais 200km de terra até Dianópolis.


O cenário é inesquecível! A cor da areia é dourada e chega a 30 metros de altura. Avistamos a Serra do Espírito Santo, que origina as dunas devido a sua erosão e os ventos fortes, que é o que faz as dunas estarem sempre em movimento.

No dia anterior, visitamos a Comunidade das Mumbucas, que é uma comunidade formada por ex-quilombolas, descedentes de escravos que fugiram para este local em busca de melhores condições de vida. 


Fomos muito bem recebidos. Entregamos a eles os kits com camiseta, boné e toalha, doados pelo Wellington da Iron Adventure. Compramos também chocolate, balas e pirulitos para as crianças. Por fim virou uma festa! E ainda fomos agraciados com um show de viola e buriti, um fruto local.

Foi muito emocionante ver as crianças cantando. Nos sentimos abençoados por estar ali. Aquelas pessoas vivem de forma tão simples mas parecem tão felizes.


Aproveitamos para visitar dois fervedouros. A sensação de não afundar é sensacional! Os fervedouros estão escondidos e cercados por bananeiras. Nesse local, surge um poço de água azul, sendo que os fervedouros são formados pela nascente de um rio de água subterrânea, onde a água que brota da areia branca causa o efeito de ressurgência, ou seja, é impossível afundar. Ficamos, então, brincando na água igual menino pequeno! Muito legal! É o tipo de coisa que não dá para explicar a sensação, só mesmo indo lá para experimentar.


E para terminar visitamos a linda cachoeira da Formiga, de água cristalina. Local maravilhoso! Sentimos uma sensação de conquista por fazer a maioria dos atrativos do Jalapão e fomos, com certeza, abençoados por Deus por estar ali naquele paraíso e não sofrer nenhum problema complicado. Ouvimos relatos de turistas que caíram de moto e quebraram a clavícula e algumas costelas e turistas que ficaram com seu carro preso na areia e tiveram que esperar por resgate.


Enfim, quero agradecer a Deus, a minha família, aos meus companheiros de viagem e amigos, Arthur, Daniel e Samuel, por mais essa viagem inesquecível e também a todos que me acompanharam no blog. Muito obrigado e até a próxima aventura! Que venha a transamazônica, transpantaneira, Bonito, Chapada dos Guimarães, dentre outros destinos, não necessariamente nesta ordem. Visite o site http://jalapao.to.gov.br.



quinta-feira, julho 21, 2011

Jalapão: paraíso no coração do Brasil


O grande dia chegou! 

Conheci um casal do Rio de Janeiro, que está viajado com sua filha em uma Hillux 4x4. Pedi para levarem parte da minha bagagem, para fazer o trecho mais leve. Saímos um pouco tarde de Ponte Alta do Tocantins, pois o Arthur também arrumou um casal de Brasília para levar o bauleto dele em uma Hillux Triton 4x4, e deixar em Mateiros.


De cara erramos o sentido e após 6 meses de planejamento, peguei errado a estrada para o Jalapão! Seguindo a dica de um frentista, eu errei a ponte (kkk). Voltamos os 15km errados e finalmente começamos a famosa TO255, rumo ao Jalapão. Encontramos uma cobra nos primeiros kms atravessando a estrada. Belo cartão de visitas do Jalapão.

Paramos primeiro na cachoeira da Velha, um trecho bem cansativo, pois o sol estava na cara. Não conseguimos achar a cachoeira do Lajeado. Um dos problemas que enfrentamos é que os guias não gostam de dar informação ou às vezes dão a informação errada. E os guias locais tiram as placas das atrações, forçando o turista independete a contratá-los ou ficar perdido ou simplesmente nao achar a atração!


Enfim passamos direto desse trecho e mais uma vez entramos errado e andamos 6km ida e volta fora da estrada, em um areião terrível. Esses trechos cansam demais. O braço doi de tanto acelerar, a panturilha arde de dor, pois forçamos muito o músculo quando colocamos os pés no chão para segurar a moto e evitar a queda. E quando o pneu atola temos que fazer uma força muito grande para empurar a moto. Ou seja, sofrimento demais!

Após rodar umas 6 horas para fazer os 90km, chegamos na cachoeira das Velhas. A cachoeira mais difícil para chegar que eu já fui. Cansado demais, mas compensador o visual.


Resolvemos almoçar por ali. Comemos pão, atum, sardinha, queijo, presunto, biscoito, igual uns animais, tamanho era o cansaço e a fome. Recuperados, voltamos 1km até a prainha onde dormimos em barracas em uma noite muito agradável. Conhecemos pessoas maravilhosas: um pessoal de Brasília, uma família de BH em um troller e uma família do Castro, no Paraná, que estavam em uma Hillux, com uma carretinha com 2 motos TTR e uma Husvarna.


Aproveitamos e mandamos mais equipamentos para Mateiros, para a pousada Panela de Ferro, com a Troller de BH e a Hillux do Paraná.  Acordamos no outro dia cedo, tomamos café na cachoeira das Velhas e seguimos sentido as dunas. Paramos na pousada do Rio Novo por acaso, após sair fora da estrada principal por 9km novamente. Muita areia mas desta vez foi muito compensador. 


Nesse local foi gravado o programa Survivor. Lá tem cabanas de palha, belas praias do Rio Novo, boias para descer o rio e uma comida caseira de primeira. Vale a pena conhecer, o dono é muito gente boa e está de portas abertas para receber mais aventureiros. Indico dormir neste local e aproveitar a praia e brincar de descer o rio com as boias.


Seguimos sentido as dunas do Jalapão. Nesse trecho, após cruzar a ponte de concreto do Rio Novo, é que a TO255 mostra seu lado mais revelador. Quilômetros de areia fofa e bancos de areia aonde só passa 4x4 e motos. Tem que ter experiência para não ficar atolado. Mas foi um trecho que curti demais, pois o sol estava nas nossas costas, o visual era incrível, o morro do Espírito Santo a nossa frente, curtimos cada pedacinho da estrada. Um sonho realizado depois de tanto tempo planejando essa viagem. 


Seguindo dicas, pegamos carrona com um casal, um italiano e uma argetina em uma Eco Sport. Não deu outra... ficamos atolados e não fomos nas dunas nesse dia, ou seja tivemos que voltar 35km e caminhar 5km até as dunas hoje. Outra dica: só pegue corona ou só vá nas dunas com seu carro se for um 4x4, carro alto do chão e se você souber andar em areia, do contrário vai ficar atolado! 


Então voltei a pé para estrada, andei uns 2km na areia, peguei a moto do Arthur, pois estava mais leve e voltei com uma corda para ajudar o casal do Eco Sport.

E finalmente chegamos a noite em Mateiros. Cansados mas vivos! O cara da pousada Panela de Ferro até brincou que agente tinha mandado os equipamentos pelo Correio, pois toda hora chegava um carro trazendo alguma coisa nossa. O pessoal também já estava preocupado, pois demoramos 2 dias para fazer 200km de estrada, tamanha era a dificuldade do caminho. Mas totalmente compesador. As fotos falam por si. Experiência única para quem vai de carro, inesquecível pra quem faz de moto.



Rio da Conceição - Ponte Alta


Hoje foi um grande dia! Acordamos cedo e saímos rumo a Rio da Conceição. Começamos a fazer o trajeto até Ponte Alta do Tocantins e de cara conhecemos uma equipe que tem um programa de aventuras, uma revista e viajam pelo Brasil em busca de emoções. 




Eles estão com um antigo caminhão de bombeiro modificado, que era usado nos aeroportos para combater incêndio. Atualmente, o caminhão é um estúdio sobre rodas em busca de lugares inóspitos e de aventura. Vale a pena conferir o site.



Seguimos do Rio da Conceição até a estrada para a cachoeira da Fumaça, já dentro da Serra Geral do Tocantins. A estrada tinha muita terra e areia, foi um bom treino para a TO255, rumo ao Jalapão. Fui bem devagar, não queria cair e muito menos me machucar ou danificar minha querida e amada Vick. Porém, no primeiro banco de areia vou para o chão em uma bela queda na areia fofa. Bom começo para mostrar que a estrada merece respeito. 



Chegamos na cachoeira da Fumaça. Impressionante! Existe uma ponte de madeira, a cachoeira fica na parte de baixo, um belo mirante e uma trilha paralela para descer e conhecer a parte de baixo. Os corajosos podem passar por detrás da cachoeira. Fui até a metade, mas estava ventando muito e jogando muita água. Qualquer queda neste local seria fatal, pois a força da água impressiona e parece um liquidificador. A água fica igual um redemoinho, muito lindo mas apavorante.



Depois segui para a cachoeira do Soninho. O sol do Tocantis é exaustivo e torra a cachola. Então é extremamente indicado tomar muita água, se alimentar bem, além de usar protetor solar, protetor labial, principalmente para quem for fazer o trajeto de moto. Você tem que estar bem fisicamente o tempo todo, qualquer descuido prejudicará a sua viagem. 



Chegamos na cachoeira do Soninho e tivemos uma grata surpresa: muita água e uma força descomunal. Voltamos para a estrada e seguimos para a bifurcação, na qual há uma placa com a indicação de a esquerda para o município de Almas, a direita para Ponte Alta do Tocantis. Desta placa percorremos 25km até e entrada de Pedra Furada. Dica dos guias locais.



Bem... fizemos esse trajeto e erramos a entrada. Pegamos um trecho de areia fofa, terrivelmente exaustivo, devido as motos estarem pesadas. Tivemos que voltar e logo a frente estava a entrada certa, com o mesmo areião. 


Encontramos com um casal de Belo Horizonte em uma Pajeiro Full. Eles estavam indo para a Pedra Furada, mas não quiseram nos dar corona. Achei um absurdo e total falta de companheirismo e camaradagem. Ainda mais por estarem em um local que ficamos cruzando com pessoas que estão fazendo a viagem para o Jalapão. E quando alguém fica perdido ou um carro atola na estrada sempre tem alguém para ajudar. Pode demorar, mas sempre tem ajuda, ainda mais nesse época do ano, alta temporada.



Enfim, tirei todo os meus alforges e equipamentos e fizemos o trecho no marra e no braço. chegamos no fim da tarde na Pedra Furada com o sol se pondo. Coisa linda de morrer! Exastos, porém, felizes. Chegamos a noite em Ponte Alta do Tocantins.



segunda-feira, julho 18, 2011

Dianópolis


Finalmente estou em Dianópolis, no Tocantins. 

Hoje estou indo para Ponte Alta do Tocantins. Um trecho de 180 km de terra que promete ser um bom treino para o Jalapão, com muito cascalho, bolsões de areia fofa e muita terra. Vamos ver como iremos nos comportar. 

Infelizmente, neste trecho, seguirei apenas com o Arthur. Os outro dois amigos, devido a problemas particulares, seguirão para Palmas. A ideia é ir para o Rio da Conceição, ir na cachoeira da Fumaça, passar na Pedra Furada e cachoeira do Lajeado e seguir para Ponte Alta do Tocantins, portal de entrada para o Jalapão. 

Espero que não fiquemos perdidos, pois esse trecho não tem gasolina e nem placas, e não temos GPS, apenas o mapa, e confiamos plenamente nas informações locais, que até agora estão sendo 100% confiáveis e certeiras.

domingo, julho 17, 2011

Cavalcanti! Kalunga! E Santa Bárbara!


Ontem,sábado, 16, dormimos no hotel Serra Verde em Cavalcanti. Muito interessante e com uma diária baratinha (25 reais com café da manhã, piscina, salão de jogos, bar, etc). Seguimos cedo para a cachoeira de Santa Bárbara. 


Mas primeiro passamos na fazenda onde moram os Kalungas, comunidade remanescentes de escravos. Passamos por uma estrada de terra de beleza cénica impressionante, com vários mirantes e riachos, onde a moto molha até a altura das pernas. A estrada foi usada no Rally dos Sertões em algumas edições anteriores.


Para chegar na comunidade pagamos uma taxa de 10 reais por pessoa. Para o guia levar até a cachoeira a taxa é de 50 reais. E para quem quiser almoçar tem que encomendar antes de fazer o trajeto para a cachoeira de Santa Bárbara. O almoço é 15 reais.


Fizemos o passeio com o guia Filhinho, filho de escravos e profundo conhecedor da região. Ele nos levou até a cachoeira de moto. Legal demais! A cachoeira é uma das mais belas que eu já vi na vida, as fotos falam por si. A água cristalina é simplesmente maravilhosa!


Na volta almoçamos no restaurante da Dona Januária: arroz, abóbora, frango caipira, farrofa de carne, mandioca frita, feijão e salada. Fino demais!

Depois voltamos ao hotel, arrumamos os alforges da moto e seguimos viagem para Campos Belos. Pegamos um trecho de noite e preferimos dormir na cidade mesmo. Nos hospedamos no Hotel Serra Verde novamente. Assistimos a derrota da Argentina para os Uruguaios. E agora às 6h da matina estamos saindo para finalmente cruzar a divisa dos estados de Goiás e Tocantins, rumo a Dianópolis, seguindo para Ponte Alta do Tocantins e finalmente começaremos a grande aventura no Jalapão!



quinta-feira, julho 14, 2011

Chapada dos Veadeiros


Chegamos na Chapada dos Veadeiros, no vilarejo de São Jorge, a 38km do Alto Paraíso, em Goiás, às 14h. Passamos primeiro no Vale da Lua, saindo 4km da estrada principal. Pagamos 10 reais para entrar. 

O lugar possui formações rochosas únicas, com piscinas naturais para banho. Fica aberto das 8h às 17h30. Deleitamos com um maravilhoso pastel de vários sabores e também caldo de cana e tapioca, feito na hora pela população local.

Nos dois primeiros dias, ficamos hospedados em um camping para testar todos os equipamentos para o Jalapão. Estou muito feliz, pois chegou mais dois amigos de BH, um com uma XT600 e outro com uma XT660. Eles também irão seguir para o jalapão. E chegou também mais dois novos amigos de Betim aqui na chapada, um com outra XT660 e o pai com uma Varadero 1000cc. Legal demais!

No primeiro dia, Arthur e eu fizemos o passeio dos canyons. O parque é fantástico! Fizemos uma trilha de 1h30 de ida e mais 1h30 de volta. Os canyons são espetaculares. Pode-se saltar de uns 8 a 10 metros da rocha. Há várias piscinas naturais. Na volta paramos na cachoeira das Carioquinhas, que possui várias quedas d'água. 


De noite fomos para a fazenda com águas termais, por uma estrada de 14km e muita poeira. Mas as piscinas de água quente e a lua cheia valeram a pena!

Hoje, quinta-feira, 14, saímos cedo para fazer o passeio pelo cartão postal da chapada: a cachoeira do Salto. São duas quedas de 120 metros e depois outra cachoeira para banho de 80 metros, com um grande lago. Lá conhecemos um casal de franceses, um fotógrafo de esportes de inverno e sua namorada geológa, que estão há 1 ano de férias.


Voltamos desse passeio cansados, porém, felizes! Mudamos do camping para uma hospedaria, para facilitar amanhã cedo a saída para Cavalcanti, onde conheceremos a Comunidade dos Kalungas e a linda cachoeira de Santa Bárbara. Ai sim começaremos o trajeto indo para o Jalapão. Vamos primeiro para Dianópolis, Ponte Alta do Tocantins e Mateiros.


Estou muito satisfeito com tudo que esta acontecendo na viagem e ainda mais com a companhia dos meus amigos Arthur Colini, Daniel Peroni e seu pai, que irão seguir para o Jalapão. Estava apreensivo de ir sozinho! BOM DEMAIS! To felizão!


Por hoje é só... vou descansar e de noite tem um blues. Vamos jantar no restaurante Buritis. Muito bom!

terça-feira, julho 12, 2011

Muito vento!



Saímos cedo de Unaí com destino ao município de Uruana de Minas, a uns 70km de estrada. Uma boa parte com retas intermináveis e com muito vento, passando por plantações gigantes de milho. A moto não passava dos 70 a 80km por hora... muito vento!

Pegamos um trecho de 6 km de terra, passando por fazendas. De longe você já pode deslumbrar a cachoeira da Jibóia de 144 metros. Tentei fazer algumas filmagens, pois coloquei um suporte na moto para colocar a máquina fotográfica. Mas toda fez que falo com o Arthur, meu companheiro de viagem, que vou filmar, o retardado sai acelerando igual um piloto de moto GP. Daí saio correndo atrás e a imagem fica com muita vibração. Expliquei para ele que quando eu falar filmando é para ir devagar, mas parece que ele não entende bem o português! (kkk)

Almoçamos em um posto de gasolina, assistimos mais uma vez a seleção feminina amarelar diante das americanas e seguimos para Brasília. Chegamos em Brasília de noite. Fomos no Congresso Nacional e cogitamos acampar por la, pois a graminha é perfeita, mas o bom senso desta vez prevaleceu!

Pegamos algumas informações e fomos dormir no Hotel Olímpia, localizado no Núcleo Bandeirantes. Simples, em frente a uma pista de Skate. Mas não tinha garagem, então tive que tirar toda a parafernalha da motoca e ocorreu um pequeno acidente... a moto ficou com o descanso em falso e caiu quebrando o retrovisor esquerdo e o suporte da embreagem. Enfim fiquei meio puto, mas no final foi bom quebrar em Brasília, pois teríamos toda a estrutura. 

Dito e feito. Acordei cedo, deixei o Arthur dormindo e fui muito bem instruído pelo atendente do hotel, que me escoltou até a oficina Yamaha, às 7h30 da matina. Mas o sistema deu pau. Ai tive que ir até o bairro Taguatinga, na SAGA motos, concessionária Yamaha, onde fui super bem atendido e achei todas as peças. Aproveitei para trocar o óleo, comprar um novo bauleto, e acabei ganhado um óleo, um chaveiro e um boné! (kkk) Bom demais!

Depois voltei ao hotel e encontrei com o Arthur. Saímos para conhecer Brasília, CIDADE MUITO ORGANIZADA, trânsito fluente, rodovias muito largas, povo educado e prestativo. Conhecemos a Torre, o Planalto Nacional, o Itamaraty, a Ponte JK e almoçamos por acaso no melhor restaurante de comida brasileira VEJA Brasília 2010, O MANGAY. Muito legal, comida deliciosa e com uma vista maravilhosa para o Lago Paranoa. Vale a pena conhecer!


Seguimos depois para o alto paraíso de Goiás. Chegamos a noite e jantamos na Pizzaria 2000, onde fomos super bem atendidos pela Cláudia, quem nos convidou para dormir na sua casa e pagamos 10 reais. Não tivemos que montar barraca, e isso é muito bom, pois estávamos cansados. 


Hoje seguimos para São Jorge a 38km de Alto Paraíso, onde acontece um festival de encontro de culturas. Estamos esperando nosso amigo Daniel e o pai dele chegar de BH e também o Dudu, meu amigo dos Micróbios do Asfalto.

sábado, julho 09, 2011

Primeiro dia de estrada perfeito



O trajeto de hoje foi realizado sem nenhum problema. Tomamos café com leite ao pé da vaca a 100 km de Belo Horizonte. O Arthur estava muito cansando então ficamos 1h descansando. 

Havia muitos caminhões na BR040. Depois seguimos para Três Marias, onde cruzamos o rio São Francisco. Uma imagem belíssima e difícil de imaginar como uma pequena nascente, como a do são Franscisco, em São Roque de Minas no parque Nacional da Serra da Canastra, pode se transformar em um rio tão caudaloso e cortar tantas cidades.



Depois almoçamos em João Pinheiro e seguimos para Paracatu. Em Paracatu conhecemos um maluco que veio conversar com a gente. O nome dele é Carlos Ferreira da Silva, mais conhecido como "Volta ao Mundo". 

Ele vive pedalando pelo Brasil e fazendo serviços de conserto em caminhões. Segundo ele, esta chegando da Venezuela de bike. O cara é uma figura e falou seu lema "3 sentidos, 2 errados e 1 perdido, qualquer coisa o tapete preto me chama" (tapete preto significa o asfalto). Doido o cara... o sangue aventureiro corre nas veias também. 



Logo depois pegamos uma linda estrada de 100km passando por lindas fazendas e um asfalto impecável. Estamos agora no Hotel Ellus no centro de Unaí. Amanhã, o plano é visitar a cachoeira da Jibóia, no vilarejo de Uruana, de 140 metros de altura, passando por um dos trechos do Rally dos Sertões de anos atrás e seguir para Brasília depois.

Finalmente pegando a estrada



Uma hora é preciso parar de sonhar e de certa forma partir. Está tudo preparado. Agora são 5h30 da manhã e estou esperando meu amigo Arthur Colini chegar para darmos início a nossa aventura. Trajeto previsto para hoje de Belo Horizonte até Unaí, norte de Minas, 602 km. Previsão de tempo de viagem 8 horas. A Vick está pronta! Abraço Xandão! Que Deus nos acompanhe e nos de graça nessa jornada!

quinta-feira, julho 07, 2011

PATROCINADORES E APOIO !



Hoje eu estou percebendo que quando você deseja muito uma coisa e busca realizar seus sonhos, independente da sua realidade (dívidas, problemas pessoais, etc), alguma coisa boa pode acontecer! 

Nunca imaginei ganhando revisão de moto, troca de óleo e filtro. Muito obrigado a toda equipe da Deva Motos, principalmente aos mecânicos por cuidarem tão bem da minha querida Vick.

Nunca imaginei nos dias de capitalismo selvagem, ganhar 15% de desconto para comprar os equipamentos restantes. Valeu Wellinton da Iron Adventure! E obrigado pelos kits para entregar as crianças da Comunidade das Mumbucas.

A Comunidade das Mumbucas fica no município de Mateiros, no estado do Tocantins. A comunidade é formada por 165 moradores, em sua maioria descendente de escravos que saíram da Bahia em 1909, buscando melhores condições de vida. Hoje o artesanato com o capim dourado é uma das principais rendas da região.

Nunca imaginei ganhar balanceamento de roda. Obrigado ao pessoal da Lemans Pneus

Nunca imaginei aparecer em entrevista no site FUNTástico!, vinculado ao Jornal O Tempo.  Obrigado a jornalista super competente Maristela Leão.

Obrigado também a banda de 2 integrantes "Eu mesmo e Irene", que faz um excelente trabalho. Podem conferir e eu indico para eventos. Eles tocam MPB e Rock´N Roll internacional. 

E obrigado a meus pais Robertão e Ester por sempre apoiarem minhas viagens! E pelos patrocínios do Restaurante Empório 48 e da marcenaria. Além do apoio do Balneário do Lago Hotel, do meu amigo Zito e Marilene e do Guia Moda Brasil. E do melhor restaurante de comida mineira do universo, o glorioso Fogão de Minas!

Como diria meu amigo Amyr klink, um Homen precisa viajar!