terça-feira, fevereiro 28, 2012

MOCHILÃO BOLÍVIA



Após 3 anos de muito planejamento, muito trabalho,  muita pesquisa sobre os lugares que queria  visitar, os equipamentos adequados adquiridos e muito coragem, sai para uma das melhores viagens da minha vida. Fiquei 82 dias viajando apenas com minha mochila nas costas e muitas aventuras  pela frente. Visitei a Bolívia, o Chile, o Peru, uma cidade da Colômbia e voltei de barco pela Amazônia Peruana até  Manaus, no Brasil. Aqui vai um breve relato das aventuras vividas  e das amizades e experiências desfrutadas e algumas fotos para ilustrar essa viagem que marcou minha vida. 

Estrada da morte indo para Rurrenabaque


Pantanal boliviano


Estrada da morte/Bolívia


Salar de Uyuni





Laguna Colorada


Chalcataya


La Paz
Descendo a estrada da morte de bike

Neve pela primeira vez kkk


INDO PARA CHALCATAYA , ESTAÇÃO DE ESQUI DESATIVADA MAIS ALTA DO MUNDO


VOVOZINHA QUE ME RECEBEU EM SUA CASA 




A partida foi de Belo Horizonte para a cidade de Campo Grande, onde fiquei hospedado na casa de amigos. Rúbia me recebeu muito bem e dormi na casa da Avó do Pedro. Quando viajamos com o coração aberto sempre somos surpreendidos com gestos de solidariedade. Fiquei horas conversando com o vovózinha e brincando com o papagaio dela.

No outro dia acordei cedo, arrumei minha mochila e peguei o ônibus para Corumbá. A paisagem do trajeto é muito bonita, ele corta um trecho do pantanal, com muita água dos dois lados da rodovia. Observei vários animais: jacarés,  capivaras e tuiuiú (pássaro característico da região pantaneira). Fui conversando com a Micheli, que mora em Aquidauana, quem também me deu carona até um hotel quando chegamos em Corumbá e de quebra me levou para fazer um pequeno Tour pela cidade.

Sai cedo do hotel e fui até o porto tirar algumas fotos e pegar informações sobre o taxi que leva até a fronteira com a Bolívia, mas acabei indo de ônibus (paguei  R$ 1,50 ao invés de R$ 20,00 do taxista).

Na fronteira Brasil/Bolívia estava tendo uma Blitz do Exército Brasileiro. Entrei na imigração para pegar o visto, mas ai aconteceu o que eu tinha pesquisado na internet no site Mochileiros. O policial pegou meu passaporte e queria me levar para uma sala ao lado, onde eles provavelmente tentariam tirar alguma coisa da mochila, como máquina fotográfica e dinheiro (isso aconteceu com um amigo de Israel que eu viria a conhecer no Peru).

Mas quando a pessoa da imigração colocou o passaporte já carimbado na mesa e o policial me chamou para a tal sala, na adrenalina eu peguei meu passaporte e minha mochila e sai andando rápido pela porta da frente como que não era comigo que eles estavam falando. Entrei rapidamente em um outro táxi que levava até a estação de Porto Quijarro. 
PANTANAL ENTRE CAMPO GRANDE E CORUMBÁ


FAMOSO TREM DA MORTE /PORTO QUIJARRO


PRATO FEITO DA HORA !




EMPANADAS DE QUESO HUM DELICIA

COCHABAMBA


NORMALMENTE VEM UM SOPA ANTES DO PRATO PRINCIPAL



BUSETAS BOLIVIANAS




BLOQUEIO NA ESTRADA


CRISTO EM SANTA CRUZ DE LA SIERRA


CHOLITAS MANDANDO VER NO RANGO



Trem da morte

Chegando a estação comprei meu ticket do famoso trem da morte, a forma mais econômica  e aventureira de se chegar à Bolívia. Pega–se o trem na Bolívia e não no Brasil, como muitos pensam. O trem conta com três classes, decidi pela classe que a população normal usa como meio de transporte. Foi uma bela imersão na cultura Boliviana. O trem demorou 18 horas para chegar até Santa Cruz de La Sierra. Meu vagão estava relativamente vazio e estava sozinho nas duas poltronas até as primeiras cinco horas de viagem.

O trem para bastante. Fui comendo empanada e masaco de Juca (um bolinho de mandioca). É muito engraçado e até mesmo um pouco triste: em todas as paradas tem muita gente vendendo lanches, muitas crianças trabalhando também. Passei por muitos vilarejos pobres e a paisagem não tem muita coisa interessante, apenas mato.

Tive que despachar minha mochila pelo vagão de cargas, pois era muito grande para ir no vagão de passageiros. Fiquei um pouco apreensivo se iria achar tudo no lugar quando chegasse a santa Cruz.

À noite, de hora em hora, vem um trocador conferir se você esta com a passagem. Além disso, sentou uma gorda do meu lado que roncava demais, ainda bem que levei um mp3! Vital importância para essas horas e muitas outras situações.

Cheguei cedo em Cochabamba, mas fiquei preso 1 dia na cidade por causa de um bloqueio na estrada. Os bolivianos protestam bastante contra o governo. Apesar de serem muito pobres são bem engajados na política e vão para as ruas protestar, coisa que nos brasileiros não fazemos. Enfim conheci alguns brasileiros de São Paulo e viajamos juntos por um bom tempo.

Fomos para La Paz, hospedamos no Hostel Loki, onde conhecemos vários gringos. Muito legal! Na Bolívia fizemos um passeio pelas ruínas de Tiahuanaco, visitamos a maior estação de esqui desativada do mundo, o Chacaltaya, fizemos um passeio pela estrada da morte de bicicleta, visitamos o museu da coca, fomos para o lago Titicaca e Copacabana, passeiamos na ilha do sol, visitamos Rurrebanaque (pantanal boliviano) e fiz um tour no salar de Uyuni.

A Bolívia foi um país que me surpreendeu, apesar da pobreza. Gostei demais  das paisagens naturais, da cultura, das opções de aventura, escaladas, passeio de bike, visita a minas, etc. Foi uma grata surpresa.
GALERA FAZENDO PROTESTO


BOLIVIANA PEDINDO DINHEIRO PARA PAGAR O MOTORISTA PARA SAIR DO BLOQUEIO


POYO COM PAPAS


ATRAVESSANDO O BLOQUEIO A PÉ



ATE GALINHA DENTRO DO BALAIO



RUAS DAS BRUXAS EM LA PAZ




TIANACO





ESTRADA DA MORTE


RURRENABAQUE , FOCAGEM NOTURNA DE JACARÉ


PASSEIO AO SALAR DE UYUNI



HOTEL DE SAL


SALAR






LAGUNA AZUL


ESTRADA DA MORTE DE BIKE




LHAMA SENDO ESCAPELADA PARA COMIDA E FAZER ROUPAS




Um comentário:

  1. muito doida suas viajens que DEUS te abençoe cada dia mais e mais pra esses roles maravilhosos.....

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